segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Itinerância 8/12/2019, 9ª Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre/SIMPA


No dia 8 de dezembro de 2019 o Pirata de Prata esteve no segundo dia da nona edição da Feira do Livro Anarquista de Porto Alegre, organizada na sede do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre. Aproveitei a ocasião e puxei, pela Peteca, uma conversa sobre fascismo gamer que abriu o programa de domingo. Depois da fala, que terminou pelo meio-dia, instalei o Pirata de Prata e deixei rodando uma seleção de jogos até as 18h. Além dos títulos da Menos Playstation (Mario Empalado, Carrocracia, Telethugs e Terror Suburbano no País das Maravilhas), também rodei Marlow in Apocalyptic Acid World do camarada Paulo "Amaweks" Villalva de Florianópolis.

O Pirata foi muito jogado, poucos foram os momentos em que o gabinete ficou vazio. O gabinete foi jogado por crianças, adolescentes e adultos, alguns mais habituados a jogar videogame e outros que não pegavam num controle desde que o Atari era uma novidade. A resposta foi muito positiva, e acredito que a conversa anterior tenha contribuído pra isso, uma vez que introduziu a noção de um videogame contra-hegemônico, além do próprio aspecto fanzinesco do Pirata. Acredito que em poucos anos e com a presença de outros gabinetes de outros autores, a normalização desse tipo de videogame será uma consequência natural. Não é o primeiro evento anarquista em que levo um gabinete itinerante, mas as respostas da 9ª FLAPOA me deixaram muito mais entusiasmado e otimista. E mais uma vez a minha tese é confirmada: os eventos não-gamers são muito mais abertos ao videogame que eu faço.

Não rendeu muito em fichas já que - respeitando a tradição da feira - não cobrei o acesso aos jogos e deixei uma caixinha aberta a contribuições espontâneas, um chapéu. Abri uma exceção para três jogos em cópia física que negociei online na semana anterior e combinei de entregar em mãos na ocasião, com o preço habitual de cada jogo a quinze reais.
Skull